Liga dos Blogues Cinematográficos

Monday, May 22, 2006

Ranking dos anos 80

A Liga dos Blogues Cinematográficos fez o que mais sabe fazer e foi às urnas. Desta vez para apontar os melhores filmes realizados durante a década perdida, tão amada e odiada pelo mundo afora. Cinqüenta e três integrantes da liga participaram da eleição dos melhores filmes dos anos 80.



1 Touro Indomável
(Raging Bull, 80)
direção: Martin Scorsese
780 pontos, 32 votos
4 poles, 12 pódiuns


"Uma atuação lendária. Uma fotografia primorosa. Uma edição brilhante. E é engraçado como eu sempre me lembro de Touro Indomável por seus breves créditos iniciais, em que Jake LaMota baila no ringue ao som da Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni. Esse é Martin Scorsese, um diretor que mesmo em seus momentos mais brutos, consegue fazer poesia" (Fabricio K).





2 O Iluminado
(The Shining, 80)
direção: Stanley Kubrick
708 pontos, 32 votos
1 poles, 10 pódiuns


"Some places are like people: some shine and some don't. Kubrick brilha ao mostrar as relações entre isolamento, bloqueio e criação. Sua câmera nos convida para uma inocente viagem de triciclo. A partir daí, somos hospedados em labirintos alucinantes, corredores sangrentos e assustadores papéis em branco. A imaginação revela-se uma solitária festa perdida no tempo e no espaço. Redrum!" (Ana Paul).





3 Era Uma Vez na América
(Once Upon a Time in America, 84)
direção: Sergio Leone
607 pontos, 26 votos
7 poles, 12 pódiuns


"Leone explora como pode a grande produção, até extrair dela uma expressão nova, barroca, que amplia a realidade para se aproximar do sonho e vice-versa. Era Uma Vez na América é um filme sobre a fundação de uma nação à base da contravenção e da força, mas também é a história de um homem, suas escolhas e seus fantasmas. Noodles, cercado pelo ópio e pelo teatro de sombras na casa chinesa, é um pouco de todos nós na sala de cinema, fugindo de nossos fantasmas e ao mesmo tempo os encontrando mais fortes ainda" (Milton do Prado).





4 Amadeus
(Amadeus, 84)
direção: Milos Forman
442 pontos, 18 votos
4 poles, 8 pódiuns


"São inúmeros os elementos que podem ser destacados em uma obra com a grandeza e a complexidade de Amadeus, no entanto o mais curioso é que numa cinebiogafia do gênio da música Mozart, temos como premissa e foco central a inveja, algo que o divertido, transgressor e irreverente músico não carregava em seu coração, mas foi o que fez sua vida ter o ponto final, devido a seu dom natural que muitos anos de estudos não conseguiriam igualar jamais. Que o diga o infeliz Salieri" (Henrique Miura).





5 Cinema Paradiso
(Nuovo Cinema Paradiso, 88)
direção: Giuseppe Tornatore
419 pontos, 18 votos
1 poles, 3 pódiuns


"O cinema que chora o amor do Cinema e pelo Cinema. A magia da sétima arte desvendada pelos olhos de uma criança, a mesma que faz com que sejamos tão apaixonados e cativos dos sonhos e dos sentimentos criados pelos filmes" (Felipe Leal).





6 Faça a Coisa Certa
(Do the Right Thing, 89)
direção: Spike Lee
411 pontos, 21 votos
1 poles, 3 pódiuns


"Panfletário e político são dois adjetivos bastante associados a Spike Lee, não raro com carga negativa. Classificar uma obra com essas palavras pode ser uma maneira de irrelevar seus problemas enquanto cinema - como se filmes se resolvessem nas boas intenções e a política falasse por si, independentemente da realização. Panfletário ou político, Spike Lee sempre foi, mas seus filmes estão longe de se apoiarem preguiçosamente nessas classificações. Faça a Coisa Certa, obra-prima de uma carreira brilhante, é tudo isso, mas também é grande cinema, painel de um dia extraordinário em que o calor, as cores e o cheiro de um choque inevitável ultrapassam os limites da tela e atingem o espectador. A lata de lixo despedaça a vitrine e é inevitável encontrar-se pisando descalço em cacos de vidro quando o Faça a Coisa Certa termina" (Diego Maia).





7 Paris, Texas
(Paris, Texas, 84)
direção: Wim Wenders
406 pontos, 18 votos
2 poles, 3 pódiuns


"Através de um espelho, Travis e Jane reencontram-se em um espaço de ressonâncias dramáticas, históricas e simbólicas. Primeiramente, enquanto personagens separados há quatro anos da memória que fundou seus sentimentos; depois, como indivíduos que revivem as cicatrizes de suas histórias naquela cabine marcada entre a luz e a sombra; para, enfim, reencontrarem-se nos cacos de uma família, afetivamente, destruída. Estamos na cena do peepshow onde o espelho da cabine impede, fisicamente, a união dos personagens, marcados pela recusa da imagem ainda que exista a possibilidade de ver e pela renúncia da palavra já que é possível olhar" (Marcos A. Felipe).





8 Blade Runner – O Caçador de Andróides
(Blade Runner, 82)
direção: Ridley Scott
389 pontos, 17 votos
3 poles, 8 pódiuns


"A cidade de Los Angeles em 2019 é uma "Babel indigente", com chuva ácida no lugar do sol e replicantes produzidos à imagem e semelhança dos homens. Pelo menos é assim que ela aparece em Blade Runner, de Ridley Scott, pífio de bilheteria, que virou cult e se mostra atual quase 25 anos depois de seu lançamento. Baseado na obra de Philip K. Dick, o filme é considerado exemplar da estética cyberpunk. Prefiro vê-lo como herdeiro do noir, com sua atmosfera íntima e vocação nostálgica" (Guilherme Lamenha).





9 Um Tiro na Noite
(Blow Out, 81)
direção: Brian De Palma
385 pontos, 17 votos
2 poles, 2 pódiuns


"Quando o cinema se declara ao cinema, nem sempre o porta-voz consegue o tom certo. A genialidade deste filme está por toda parte. Da trilha à montagem. Do tom quase cartunesco de Nancy Allen à deslumbrante concepção visual. Brian De Palma, mais do que herdeiro de Hitchcock como insistem em enclausurá-lo, é um diretor que ama cinema, que ama suas possibilidades, que ama contar uma história com todos os truques que lhe são permitidos" (Chico Fireman).





10 Nascido para Matar
(Full Metal Jacket, 87)
direção: Stanley Kubrick
377 pontos, 18 votos
0 poles, 2 pódiuns


"Alguns filmes são especiais por diversos motivos. Alguns nos conquistam pela beleza, outros pela inteligência, ou pelo humor, ou pela originalidade ou pela audácia. Alguns por tudo isso junto. Um filme assim visto no momento certo de nossas vidas se torna inesquecível. Nascido Para Matar, de Stanley Kubrick, é um desses filmes para mim. Eu o vi alguns dias depois de ter escapado do serviço militar. Na época estava aliviado, mas também me sentindo culpado. 'Que espécie de patriota eu sou?'. Nascido Para Matar destruiu qualquer resquício de culpa enquanto os créditos finais surgiam ao som de Paint It Black. É quase impossível um filme mudar a cabeça de alguém. Mas aconteceu comigo. Mestre Kubrick, obrigado" (Bruno Amato Reame).





11 A Rosa Púrpura do Cairo
(The Purple Rose of Cairo, 85)
direção: Woody Allen
375 pontos, 17 votos
0 poles, 1 pódiuns


"Um Woody Allen sensível, assumidamente folhetinesco e que nos faz amar Mia Farrow. Convenhamos, isso é trabalho de titã. Um filme da minha infância, que fala do amor ao cinema que existe em todos nós" (LeoN).





12 Veludo Azul
(Blue Velvet, 86)
direção: David Lynch
369 pontos, 16 votos
0 poles, 3 pódiuns


"Veludo Azul é a ópera seca de David Lynch, exemplo feliz de uma magnificamente tristíssima redundância: um 'noir" negríssimo. Os fãs de Twin Peaks, Coração Selvagem e Cidade dos Sonhos que me desculpem, mas depois de ir tão fundo nas trevas do ser humano, tudo o que viesse a fazer depois só poderia ir mesmo da traquinagem ao redutor. Veludo Azul é a quintessência do humano. Logo, não poderia ser menos negro, seco e estonteantemente sardônico" (André de Leones).





13 Videodrome – A Síndrome do Vídeo
(Videodrome, 82)
direção: David Cronenberg
351 pontos, 16 votos
0 poles, 2 pódiuns


"Enquanto o programador de TV picareta James Woods se perde na sua obsessiva procura pela fonte das violentas imagens que o fascinam, Videodrome vai aos poucos abandonando o terreno da narrativa e se entregando a erupção de imagens particulares pelas quais seu cineasta é tão fascinado quanto seu personagem central. Um filme muito a frente do seu tempo, toda vez que alguém reclamar do horror das imagens contemporâneas, lembre-se que Videodrome fez isto antes e com mais estilo (e sem deixar de reconhecer o fascínio que elas geram)" (Filipe Furtado).





14 Os Intocáveis
(The Untouchables, 87)
direção: Brian De Palma
333 pontos, 17 votos
0 poles, 0 pódiuns


"14 anos, dinheiro da minha mãe no bolso, e a recomendação: "leva teu avô no cinema. Vai ver aquele filme sobre a série que ele assistia". Eu entro no falecido Cine Vitória, e, pela primeira vez na vida, percebo como aquela tela era grande. Como aquele som era alto. O filme começa com uma música que logo depois eu ia descobrir ter sido feita por um cara chamado Ennio Morricone, e imediatamente uma sensação estranha, mas muito boa, percorre minha espinha, e por cerca de duas horas eu não sou mais eu, eu não tenho avô, eu não estou no Vitória, mas sim na Chicago da Lei Seca. Eu chego ao Vitória uma garota comum, eu saio de lá cinéfila. O primeiro orgasmo cinematográfico a gente nunca esquece" (Fer Funchal).





15 O Homem-Elefante
(The Elephant Man, 80)
direção: David Lynch
323 pontos, 15 votos
0 poles, 1 pódium


"Um filme sobre uma alma linda presa num corpo horrendo, conforme o próprio diretor havia dito. David Lynch mostra a jornada de um homem que só alcança a redenção com a morte. Como a Laura Palmer de Twin Peaks. John Merrick foi tratado durante muito tempo como uma aberração de circo, mas teve a sorte de encontrar alguém que o tratou como um ser humano e descobriu que por trás daquelas feições deformadas existia um ser inteligente e sensível. O Homem Elefante, além de ser capaz de derreter os mais duros corações, é a primeira obra-prima de um dos maiores nomes do cinema na atualidade" (Ailton Monteiro).





16 A Última Tentação de Cristo
(The Last Temptation of Christ, 88)
direção: Martin Scorsese
319 pontos, 12 votos
0 poles, 5 pódiuns


"Jesus de Nazaré, um carpinteiro a construir cruzes usadas pelos romanos para crucificar judeus, antagônico e trágico, não? É um filme desenvolvido em conflitos, a crença religiosa como forma de combustível para libertação, mas não espiritual, uma libertação política, o povo espera alguém lhes livrar do império romano e da pobreza iminente, almejam a paz física, não espiritual. Na cruz, um devaneio, a tentação que o atormentou pela vida finalmente realiza-se. Jesus resolveu seus conflitos religiosos, a tentação física jamais. Scorsese posiciona-se com leve distância, deixando caminho livre para o poder insolente da história. Polêmica? Quase nada!" (Michel Simões).





17 Zelig
(Zelig, 83)
direção: Woody Allen
297 pontos, 13 votos
0 poles, 1 pódium


"Falso-documentário em preto-e-branco. Leonard Zelig, o camaleão sem cores, o travesti sem plumas, presente na história onze anos antes que qualquer Forrest Gump. A neurose de Woody Allen e o mundo quase monocromático de Gordon Willis. Muito mais que uma simples brincadeira amparada em truques de fotografia. É investigação da não-existência do ser-humano, da necessidade do todo em favor do ninguém. Discreto, cultuado e talvez não muito querido, espelhando seu próprio criador, Zelig é uma obra (prima?) de erros e acertos. Ora cínico, ora inocente, mas sempre genial" (Antonio Saints).





18 Ran
(Ran, 85)
direção: Akira Kurosawa
275 pontos, 14 votos
0 poles, 2 pódiuns


"Decepção, angústia, assombro. Sentimentos que são desenhados a cada momento de forma mais intensa no rosto do patriarca Hidetora Ichimonji, que, na época do Japão feudal, divide suas terras com os filhos e recebe em troca intriga e cobiça. Seu caminho ao longo do filme é um crescente de desespero, explicitado na interpretação magnífica de Tatsuya Nakadai, numa das maiores atuações de toda a história do cinema. O diretor Akira Kurosawa faz uma releitura da tragédia do Rei Lear e tragédia é a palavra mais adequada para a imagem que fecha o filme, momento melancólico e pessimista que completa toda aquela epopéia de som e imagem - resumida na brilhante seqüência de ataque dos cavaleiros no meio do filme, um momento regido apenas pela trilha sonora e pela mise-en-scène de Kurosawa" (Marcelo Miranda).





19 Fanny & Alexander
(Fanny och Aleksandr, 82)
direção: Ingmar Bergman
270 pontos, 13 votos
0 poles, 1 pódium


"Fanny e Alexander pode até não ser o melhor filme de Ingmar Bergman, mas aqui ele faz sua enciclopédia, utilizando vários temas já explorados em suas obras mais antigas, para o que foi, por muito tempo, seu canto do cisne no cinema. A história se passa na Suécia do início do século XX e é vista pelos olhos de um menino fantasioso lançado ao meio de um conflito de gerações e épocas, no qual eras se confundem e emoções são reprimidas. Tudo é possível e provável, pois tempo e espaço não existem de forma ordenada, criando crises de identidade e personalidade que culminam na obrigatória referência a Deus, em uma das personagens mais fortes e interessantes da carreira do diretor" (Mateus Nagime).





20 Depois de Horas
(After Hours, 85)
direção: Martin Scorsese
260 pontos, 13 votos
0 poles, 0 pódiuns


"Talvez o mais perfeito emblema do que foi a fase por qual passou Martin Scorsese nos anos 80, Depois de Horas é um ponto de equilíbrio dentro da obra do cineasta. É quando os ambientes de Caminhos Perigosos e Taxi Driver encontram o tom de O Rei da Comédia. Scorsese confia em Griffin Dunne como seu guia, dando uma das mais generosas e subestimadas atuações em sua obra. Dunne se perde na noite de um EUA que pertencem a Scorsese – digno de um humor negro que só alguém com muito carinho por ele poderia criar" (Guilherme Martins).


P.S.: a liga agradece a todos os integrantes que atenderam à convocação e mandaram os textos sobre os filmes.

Ranking dos anos 80: do 21º ao 50º

(entre parênteses, pela ordem, o número de pontos, o número de votos, o número de citações em primeiro lugar e o número de citações entre os três melhores)

21 Eles Vivem (John Carpenter, 88)
(248 pontos) (11 votos) (2 poles) (3 pódiuns)
22 Caçadores da Arca Perdida (Steven Spielberg, 81)
(247 pontos) (12 votos) (1 pole) (2 pódiuns)
23 Cabra Marcado para Morrer (Eduardo Coutinho, 84)
(246 pontos) (12 votos) (0 poles) (2 pódiuns)
24 O Rei da Comédia (Martin Scorsese, 83)
(238 pontos) (11 votos) (0 poles) (2 pódiuns)
25 Sociedade dos Poetas Mortos (Peter Weir, 89)
(217 pontos) (11 votos) (1 pole) (1 pódium)
26 De Volta Para o Futuro (Robert Zemeckis, 85)
(216 pontos) (12 votos) (0 poles) (0 pódiuns)
27 Dublê de Corpo (Brian De Palma, 84)
(209 pontos) (10 votos) (0 poles) (1 pódium)
28 Conta Comigo (Rob Reiner, 86)
(197 pontos) (10 votos) (0 poles) (1 pódium)
29 Scarface (Brian De Palma, 83)
(193 pontos) (8 votos) (0 poles) (1 pódiuns)
30 Não Amarás (Krzysztof Kieslowski, 88)
(178 pontos) (8 votos) (3 poles) (3 pódiuns)


31 Crimes e Pecados (Woody Allen, 89)
(177 pontos) (8 votos) (0 poles) (1 pódium)
32 Asas do Desejo (Wim Wenders, 87)
(176 pontos) (9 votos) (0 poles) (0 pódiuns)
33 ET, o Extraterrestre (Steven Spielberg, 82)
(165 pontos) (8 votos) (1 pole) (1 pódium)
34 Filme Demência (Carlos Reichenbach, 86)
(165 pontos) (7 votos) (1 pole) (2 pódiuns)
35 Curtindo a Vida Adoidado (John Hughes, 86)
(162 pontos) (10 votos) (0 poles) (0 pódiuns)
36 O Enigma de Outro Mundo (John Carpenter, 82)
(147 pontos) (7 votos) (0 poles) (1 pódium)
36 O Império Contra-Ataca (Irwin Keschner, 80)
(147 pontos) (7 votos) (0 poles) (1 pódium)
38 Drugstore Cowboy (Gus Van Sant, 89)
(142 pontos) (9 votos) (0 poles) (0 pódiuns)
39 Passion (Jean-Luc Godard, 82)
(137 pontos) (6 votos) (0 poles) (2 pódiuns)
40 Honkytonk Man (Clint Eastwood, 82)
(135 pontos) (6 votos) (0 poles) (0 pódiuns)


41 Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
(Pedro Almodóvar, 88) (133 pontos) (7 votos) (0 poles) (0 pódiuns)
42 Gêmeos – Mórbida Semelhança (David Cronenberg, 88)
(131 pontos) (6 votos) (1 pole) (1 pódium)
43 Ligações Perigosas (Stephen Frears, 88)
(125 pontos) (7 votos) (0 poles) (0 pódium)
44 Bagdad Café (Percy Adlon, 88)
(124 pontos) (5 votos) (0 poles) (1 pódiuns)
45 O Cão Branco (Samuel Fuller, 82)
(119 pontos) (5 votos) (1 pole) (1 pódium)
46 Pixote (Hector Babenco, 80)
(118 pontos) (6 votos) (0 poles) (0 pódiuns)
47 Je Vous Salue Marie (Jean-Luc Godard, 84)
(117 pontos) (5 votos) (0 poles) (1 pódium)
48 Hannah e Suas Irmãs (Woody Allen, 86)
(116 pontos) (6 votos) (0 poles) (0 pódiuns)
49 Coração Satânico (Alan Parker, 86)
(114 pontos) (5 votos) (0 poles) (0 pódiuns)
50 L'Argentt (Robert Bresson, 83)
(113 pontos) (4 votos) (2 poles) (3 pódiuns)

Sunday, May 21, 2006

Bastidores do ranking dos anos 80

A lista com os 50 melhores filmes realizados durante os anos 80 vai ser postada neste blogue amanhã, segunda, a partir da 23h. Durante cerca de um mês, mais de cinqüenta integrantes da liga mandaram seus rankings com os 20 melhores filmes do período (1980-1989). Ao todo, 284 longas tiveram pelo menos uma menção. O diretor mais lembrado também foi um dos que mais produziram na década. De seus 11 filmes, Woody Allen teve nove deles mencionados. Isso não quer dizer que algum destes títulos tenha recebido um bom número de votos.

Alguns filmes votados não são dos anos 80, caso de Stalker, de Andrei Tarkovski, de 1979, e Lanternas Vermelhas, de Zhang Yimou, 1991. Geralmente, filmes não-americanos apresentam datas diferentes em sites americanos, mesmo na Bíblia IMDB. Neste caso, a opção foi manter a classificação e o voto original para que todos tivessem chance única de enviar a relação.

O critério adotado para o ranking foi o de pontos, junto com o de votos. O primeiro colocado de cada lista recebeu 30 pontos. O segundo, 29; o terceiro, 28. Isso até o vigésimo, que ganhou 11 pontos. A pontuação mais alta serviu para equilibrar os números de votos com as posições dos filmes em cada lista. E o método se provou eficiente já que não haveria mudanças na ordem no Top Ten. Para desempate, há o critério do número de votos, de poles (primeiros lugares) e de pódiuns (três primeiros lugares).

Listas enviadas sem ranking tiveram os pontos computados da mesma maneira. O primeiro filme citado foi entendido como o primeiro colocado. Listas com mais de 20 filmes tiveram os títulos "extras" anulados. De resto, depois da publicação dos resultados, vamos debater alguns critérios de elegibilidade para os rankings que renderam até deserções da liga.

Por fim, aqui neste post, depois do resultado oficial, teremos, para matar a fome dos curiosos, uma lista com a ordem pelo critério de votos.

Wednesday, May 17, 2006

Anos 80



1 Pecados de Guerra (89), de Brian De Palma
2 Os Saltimbancos Trapalhões (81), de J. B. Tanko
3 De Repente, num Domingo (83), de François Truffaut
4 Querelle (82), de Rainer Werner Fassbinder
5 A Garota de Rosa Shocking (86), de Howard Deutch
6 Entrevista (87), de Federico Fellini
7 Setembro (87), de Woody Allen
8 Detetive (85), de Jean-Luc Godard
9 Popeye (80), de Robert Altman
10 Peggy Sue, Seu Passado a Espera (86), de Francis Ford Coppola
11 As Aventuras do Barão de Munchausen (88), de Terry Gilliam
12 A Balada de Narayama (83), de Shohei Imamura
13 Entre Dois Amores (85), de Sydney Pollack
14 Amor, Estranho Amor (81), de Walter Hugo Khouri
15 Afogando em Números (88), de Peter Greenaway
16 A História do Mundo – Parte 1 (81), de Mel Brooks
17 Xanadu (80), de Robert Greenwald
18 Carmen (83), de Carlos Saura
19 O Homem da Capa Preta (84), de Sérgio Rezende
20 Fúria de Titãs (81), de Desmond Davis

Não, né?

A lista é uma brincadeira. Nenhum destes filmes chegou a receber um votinho sequer (se eu não tô enganado). A lista verdadeira será postada aqui, na segunda, a partir das 23h. Os vinte melhores colocados ganharão textinhos, pedidos a quem votou neles nas primeiras posições.

Sunday, May 14, 2006

MGM apresenta
Ranking de abril



filme do mês
O Novo Mundo, de Terrence Malick
média de 8,40; 29 votos


2 (7,45) Três Enterros, de Tommy Lee Jones (20)
3 (7,13) A Lula e a Baleia, de Noah Baumbach (24)
4 (6,56) V de Vingança, de James McTeigue (40)
5 (6,36) Árido Movie, de Lírio Ferreira (14)
6 (5,91) Bonecas Russas, de Cédric Klapisch (11)
7 (5,86) Estrela Solitária, de Win Wenders (21)
8 (5,60) 16 Quadras, de Richard Donner (10)
9 (5,58) Terapia do Amor, de Ben Younger (13)
10 (5,16) O Albergue, de Eli Roth (25)
11 (4,73) Brasília 18%, de Nelson Pereira dos Santos (15)
12 (4,19) Achados e Perdidos, de José Joffily (16)
13 (3,08) Irma Vap – O Retorno, de Carla Camuratti (18)
14 (2,08) Instinto Selvagem 2, de Michael-Caton Jones (12)

filmes com menos de 10 votos:

Acordo Quebrado, Aquamarine, Armações do Amor, Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos, Um Casal Admirável, O Corte, Crime Ferpeito, Dia de Fuga, Em Fuga, Enron – Os Mais Espertos da Sala, Ginga – A Alma do Futebol Brasileiro, A Grande Viagem, Manual do Amor, Resgate Abaixo de Zero, Retratos de Família, Selvagem, Tapete Vermelho e Tempo de Valentes.

As listas dos dez integrantes que mais viram filmes neste mês:

André de Leones: Achados e Perdidos (1), O Albergue (3,5), Árido Movie (8,5), Boleiros 2 — Vencedores e Vencidos (7,5), Brasília 18% (0), 16 Quadras (2,5), Enron — Os Mais Espertos da Sala (7,5), Instinto Selvagem 2 (0), Irma Vap — O Retorno (0), O Novo Mundo (10), V de Vingança (0).

Chico Fireman: Achados e Perdidos (3), O Albergue (7,5), Árido Movie (7), Bonecas Russas (4), Estrela Solitária (6), A Lula e a Baleia (8), O Novo Mundo (10), Tapete Vermelho (5,5), Três Enterros (6,5), V de Vingança (6,5), Ultravioleta (0).

Egídio La Pasta: Achados e Perdidos (5), O Albergue (3), Árido Movie (6), Bonecas Russas (5), Crime Ferpeito (7), Estrela Solitária (7), Instinto Selvagem 2 (4), Irma Vap — O Retorno (5), A Lula e a Baleia (8), Manual do Amor (10), O Novo Mundo (10), Retratos de Família (8,5), Selvagem (6), Tapete Vermelho (7), Terapia do Amor (6), Três Enterros (9), V de Vingança (7).

Guilherme Lamenha: Árido Movie (5,5), Bonecas Russas (4,5), Dia de Festa (6), Estrela Solitária (7,5), A Grande Viagem (5,5), Irma Vap – O Retorno (3), A Lula e a Baleia (8), O Novo Mundo (7), Terapia do Amor (5), Três Enterros (6), V de Vingança (5,5).

Henrique Miura: O Albergue (0), Armações do Amor (3), Bonecas Russas (4), Crime Ferpeito (8,5), 16 Quadras (4,5), Enron – Os Mais Espertos da Sala (5,5), Instinto Selvagem 2 (1), A Lula e a Baleia (8,5), O Novo Mundo (5), Retratos de Família (8), Selvagem (2,5), Terapia do Amor (6), Três Enterros (6,5), Tudo por Dinheiro (6), Ultravioleta (1), V de Vingança (6).

Michel Simões: Achados e Perdidos (4), Acordo Quebrado (3), Árido Movie (5), Boleiros 2 — Vencedores e Vencidos (3), Brasília 18% (4), O Corte (5), Enron – Os Mais Espertos da Sala (6,5), Estrela Solitária (7), A Grande Viagem (6), Instinto Selvagem 2 (3), O Novo Mundo (6), Três Enterros (7).

Renato Silveira: Achados e Perdidos (7), Árido Movie (8), Armações do Amor (3), Bonecas Russas (8), Brasília 18% (3), Crime Ferpeito (8), 16 Quadras (8), Estrela Solitária (6), Instinto Selvagem 2 (4), Irma Vap — O Retorno (6), A Lula e a Baleia (8), O Novo Mundo (8), Resgate Abaixo de Zero (4), Retratos de Família (8), Selvagem (5), Tapete Vermelho (7), Terapia do Amor (7), Três Enterros (8), Tudo por Dinheiro (4), V de Vingança (9), Vinho de Rosas (3).

Sérgio Alpendre: Achados e Perdidos (6), Árido Movie (7,5), Boleiros 2 — Vencedores e Vencidos (7), Brasília 18% (5,5), Um Casal Admirável (5,5), Crime Ferpeito (5), Dia de Festa (7), Estrela Solitária (4,5), Instinto Selvagem 2 (4), Irma Vap — O Retorno (2), A Lula e a Baleia (6), Manual do Amor (5,5), O Novo Mundo (8,5), Tapete Vermelho (7), Tempo de Valentes (6,5), Terapia do Amor (5,5), Três Enterros (6), V de Vingança (6).

Tiago Superoito O Albergue (6), Armações do Amor (2), Bonecas Russas (4,5), Brasília 18% (2), 16 Quadras (4,5), Enron – Os Mais Espertos da Sala (6), Estrela Solitária (5), Instinto Selvagem 2 (0,5), Irma Vap — O Retorno (4,5), A Lula e a Baleia (5,5), O Novo Mundo (8), Tempo de Valentes (5,5), Terapia do Amor (4,5), Três Enterros (6,5), Tudo por Dinheiro (2), V de Vingança (4,5).

Tobey, an Acer Achados e Perdidos (0), Acordo Quebrado (4,5), O Albergue (4,5), Aquamarine (8), Árido Movie (8), Boleiros 2 — Vencedores e Vencidos (4,5), Bonecas Russas (5,5), Brasília 18% (7), Um Casal Admirável (5,5), O Corte (7), Crime Ferpeito (1,5), Em Fuga (6,5), Estrela Solitária (7), A Grande Viagem (5), Instinto Selvagem 2 (1,5), Irma Vap — O Retorno (3), A Lula e a Baleia (7), O Novo Mundo (8), Tapete Vermelho (5,5), Três Enterros (4,5), Ultravioleta (5,5), V de Vingança (6).


 
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